(Mote em decassílabo)
É bem triste sofrer de solidão,
Lamentar pela ausência de alguém,
Procurar por prazer no que se tem
E encontrar só vestígios de paixão.
Dá um aperto feroz no coração
E o juízo do homem desmantela,
A fraqueza do macho se revela
Quando vê que está só e que é verdade.
Eu fumando o cigarro da saudade
E a fumaça escrevendo o nome dela.
Eu procuro esquecer, mas não tem jeito.
Já tentei outro amor, mas não consigo.
Já busquei um consolo, um ombro amigo,
Mas a dor que lateja no meu peito
Não me deixa viver, e eu suspeito
Que é capaz de eu morrer pensando nela.
A lembrança é um trator que me atropela
Esmagando meu ser sem piedade.
Eu fumando o cigarro da saudade
E a fumaça escrevendo o nome dela.
A saudade qual fogo me consome
Reduziu-se a cinza o amor vivido,
Mas se já não existe amor, sentido,
Seu fantasma resiste, nunca some!
Transformou-se num vício, numa fome
Incessante e voraz, numa mazela.
O vazio da ausência me flagela
E me faz implorar por caridade.
Eu fumando o cigarro da saudade
E a fumaça escrevendo o nome dela.
botou com o "kranko".rsrsrs.Nem "cordel" faria um texto assim.
ResponderExcluirMuito massa!
ResponderExcluirFica legal se cantado como repente.