sexta-feira, 28 de maio de 2010

ASSUERO POETA CARDOSO POESIA

Prestes a completar 44 anos de existência, Assuero Cardoso Barbosa é, certamente, uma dos maiores poetas lagartenses dos últimos tempos. Figura pacata, peralta e super de bem com a vida, o poeta dos becos e da boêmia se aproxima da maturidade com mais um livro: A Cerca de Vidro. O quinto de sua prodigiosa carreira.


Nascido no dia 13 de setembro de 1965, desponta e é destaque no cenário cultural lagartense e sergipano desde o ano de 1984. Aos 12 anos, descobre o talento de tecer versos, o que lhe rendeu ao longo de 25 anos uma série de prêmios e honrarias que engrandecem seu povo e a sua Lagarto, por quem nutre um incondicional amor e veneração.

Poeta dos versos leves e profundos, Assuero é a essência do lirismo lagartense. A pena genial dos grandes nomes de nossa literatura farta, a exemplo de Abelardo Romero Dantas e Noeme Dias. Simples e sociável, o artista faz de sua casa o aconchego da inspiração e o repouso das almas sedentas de vida.

Fiel aos amigos e às amizades faz da vida melodiosas formas de cantar Chico Buarque e de deleitar Elis Regina. À sombra frondosa do saudoso Gino, seu pai, o poeta coleciona discos, livros, amigos e nada mais. Vendo a banda passar no carnavalesco sete de setembro de Lagarto, inspira gerações e aspira ao sucesso com o Cobras e Lagarto.

Amado, o poeta reclina seus versos sobre a pedra do Lagarto (se é que ela existiu). Sob a luz da madrugada e da lua lírica, ama o nu e o noturno, freqüenta tribos diversas e procura absorto em seu talento um espectro no espelho de sua alma. Deposita em seu baú as memórias e as histórias. Em cada estrofe de sua poesia, cenas do cotidiano e da vida, do profano, da natureza e da beleza encarnada, também, em sua saborosa prosa contista e jornalística.

Funcionário público, professor de carreira, poeta e ator por amor, é Licenciado em Letras pela Universidade Federal de Sergipe, grande incentivador do teatro (fundador do Grupo Cobras e Lagarto), ex-presidente da Associação Cultural de Lagarto (ASCLA) nos anos 90 e atualmente assessorando as atividades do Departamento de Cultura da Secretaria Municipal de Educação de Lagarto (SEMED), Assuero Cardoso Barbosa é, hoje, a maior personalidade poética e literária viva lagartense.

Sobrevivente de um trágico acidente em 2007, como fênix, renasceu para a sua gente nas asas dos pardais das torres da Matriz. Alquebrado, mas jamais infeliz, o poeta quarentão percorre as artérias de Lagarto com uma popularidade nunca vista em nossa história, capaz de lhe tirarem o chapéu dos bêbados e loucos aos figurões de nossa fétida política, porém encantadora poesia.

Livros: Poesia: Nu e Noturno (1991); Tribo (1997); Lua Lírica (2000); Prosa: O Espectro do Espelho (2005).

Prêmios e Honrarias: 1º e 3º lugares e melhor intérprete no IV Concurso de Poesia Falada de Lagarto (1986); 1º lugar no II Concurso Municipal de Poesia de Aracaju (1987); 1º lugar no XVI Concurso de Poesia Falada de Estância (1998); Homenagem da PML com um Auditório que leva o seu nome na atual sede do Departamento de Cultura (2000); Comenda Sílvio Romero, Grau de Oficial (2001); entre outros.

Claudefranklin Monteiro Santos
franklinmonteiro@oi.com.br
Mestre em Educação, Historiador e Escritor Lagartense.
Professor do Departamento de História da UFS.
Fonte: Revista Cidade – Setembro de 2009.

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