No papel, paira a poesia.
Resiste ao tempo, à pena,
Ao criador e a quem lê.
Existe aos olhos apenas
De quem a fez ou a vê.
Asa latente, pré-voo,
Pulsa, silente, a poesia.
Silente, fala aos ouvidos,
Aos mais íntimos ouvidos,
Cinge à ideia o objeto,
Cinge ao passado o presente,
Cinge o universo à pessoa,
Une no verso o que é
Ao que, não-verso, não é.
Mas na voz alça seu voo,
Asa aberta, asa-som,
Vibrando tímpanos, plena,
Imprimindo-se ao vento,
Ao pensamento, que, voo,
Torna-se novo silêncio.
Resiste ao tempo, à pena,
Ao criador e a quem lê.
Existe aos olhos apenas
De quem a fez ou a vê.
Asa latente, pré-voo,
Pulsa, silente, a poesia.
Silente, fala aos ouvidos,
Aos mais íntimos ouvidos,
Cinge à ideia o objeto,
Cinge ao passado o presente,
Cinge o universo à pessoa,
Une no verso o que é
Ao que, não-verso, não é.
Mas na voz alça seu voo,
Asa aberta, asa-som,
Vibrando tímpanos, plena,
Imprimindo-se ao vento,
Ao pensamento, que, voo,
Torna-se novo silêncio.
HENRIQUE, Jorge. (In) II Antologia dos Poetas Lusófonos. Leiria (Portugal): Folheto Edições e Design. abril, 2009. p. 212.
Que, que é isso, poeta?
ResponderExcluirAssim é covardia!
Que perfeição!
Parabéns!
JÚNIOR
Obrigado, meu irmão!
ResponderExcluirMeus parabéns, para mim é muito importante ler, mais ainda conhecer a paradoxal máquina sensível que é você. Para mim é sempre assim, falar de Jorge Henrique é produzir versos em prosa, quem aposta?
ResponderExcluirFragata, meu amigo, obrigado pela sensibilidade e beleza do comentário.
ResponderExcluirSua presença aqui ilumina este espaço e o preenche da mais fina poesia.
Oi Jorge !
ResponderExcluirVi o seu convite no Blogs Educativos e estou visitando os seus blogs.
Amo poesia, estou me deliciando com as suas postagens.Já estou na lista dos "seguindores".
Grande abraço!
Corrigindo ...
ResponderExcluirEstou na lista dos "seguidores" !
rsrsrsrs