segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Single Flat, em BH, acessibilidade - eu recomendo!

Poucas vezes vi pessoas tão predispostas a criar acessibilidade para pessoas com deficiência como estou vendo aqui na Pousada Single Flat, em BH. 

Há alguns meses, quando liguei para garantir minha reserva, Sra. Neuza (a administradora) avisou-me que não havia aqui suítes adaptadas, mas acreditava que poderia acomodar-me. Predispos-se então a fazer um vídeo da suíte e enviar-me, via email, juntamente com as medidas do quarto. 

Lamentavelmente, a porta do banheiro não dava acesso. Além disso, no hall de entrada havia três batentes altos que também impediam a mobilidade de cadeirantes. Mesmo assim, como liguei com muita antecedência, três meses, ela se comprometeu a contratar uma arquiteta e a providenciar a obra de adaptação, para que a suíte estivesse pronta no momento de minha chegada. Fiz então minha reserva. 

Hoje, quando cheguei, lá estavam os batentes do hall. Apesar desse contratempo, Sra. Neuza me conduziu entusiasmada para me mostrar a suíte recém-reformada para mim. Brincando, até me disse que a batizaria com meu nome. Fez-me sentir, aconchegantemente, em casa. Tive uma recepção calorosa e amável. 


À tarde, saí para cumprir alguns dos compromissos que me trouxeram a BH e tive, novamente, que transpor, com a ajuda de três pessoas, os batentes do hall. Quando retornava, à noite, já vinha preocupado com esse entrave que teria de enfrentar, tive outra grata supresa: já havia duas rampas de metal afixadas aos batentes e tive apenas que transpor um pequeno degrau que sobrara. 

Todas, absolutamente todas as pequenas solicitações que fiz foram prontamente atendidas, na medida do que foi possível ao pessoal desta pousada. Confesso que nunca fui tão bem recepcionado em nenhum outro lugar onde me hospedei neste imenso país, inclusive em hotéis de grande porte. 

Começo a acreditar que as mudanças em favor de uma sociedade mais inclusiva estão se tornando cada vez mais comuns (embora o caminho até ela ainda seja longo) e que a acessibilidade pela qual tanto lutamos está se fazendo (aos poucos, mas está). 

Espero que este exemplo possa se multiplicar e se tornar cada vez mais habitual, a ponto de não percebemos o respeito a um direito como uma manifestação de gentileza e humanidade, e sim como a simples realização da justiça.


Depois postarei aqui algumas fotos da pousada e das pessoas que me receberam tão bem.

Jorge Henrique

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